Siglas e Classificações de Porcelanatos e Cerâmicas: O Guia Completo para Instaladores Azulejistas
Quando se trata de escolher o revestimento cerâmico ou porcelanato ideal para diferentes ambientes, entender as siglas e classificações dos materiais é fundamental para garantir uma instalação de qualidade.
Essas siglas representam características específicas dos produtos, como a absorção de água, resistência ao desgaste e acabamento, e são essenciais para que o profissional faça as escolhas corretas para cada tipo de projeto.
Neste post, vamos abordar as principais siglas utilizadas na indústria de porcelanatos e cerâmicas, para que você, instalador azulejista, saiba exatamente o que está utilizando em cada obra.
1. Classificação de Absorção de Água (BI)
A absorção de água de um revestimento cerâmico ou porcelanato define sua resistência e aplicação. A classificação é feita em diferentes níveis, de acordo com o percentual de absorção de água:
- BIa (Porcelanato): Revestimentos com absorção de água inferior a 0,5%, como os porcelanatos, que são mais densos e menos porosos, ideais para ambientes internos e externos. São altamente resistentes à umidade e à sujeira.
- BIIa (Cerâmica): Cerâmicas com absorção de água entre 3% e 10%. São adequadas para áreas internas secas, como salas e quartos.
- BIIb (Cerâmica): Semelhante ao BIIa, mas com uma absorção de água um pouco maior, entre 6% e 10%, ainda para ambientes internos, mas com menor resistência à umidade.
- BIII (Cerâmica de Alta Absorção): Cerâmicas com absorção de água superior a 10%. Não são recomendadas para áreas molhadas, como banheiros e cozinhas, pois são mais porosas e podem reter água facilmente.
2. Porcelanatos: Esmalte e Acabamento
Além da absorção de água, outra diferença importante entre os revestimentos é a presença ou ausência de esmalte. Isso afeta a aparência e a resistência dos materiais.
- GL (Glazed): Revestimentos esmaltados, ou seja, revestidos com uma camada de esmalte que dá cor e acabamento ao produto. São mais fáceis de limpar e oferecem uma ampla variedade de acabamentos, como brilho, fosco e acetinado.
- UG (Unglazed): Revestimentos não esmaltados, como os porcelanatos técnicos, que são homogêneos em toda a espessura da peça. São mais resistentes e duráveis, sem a camada de esmalte, o que os torna ideais para áreas de alto tráfego.
3. Resistência ao Desgaste (PEI)
A classificação PEI (Porcelain Enamel Institute) é usada para medir a resistência ao desgaste do esmalte, especialmente para áreas de tráfego intenso. A escala vai de PEI 1 a PEI 5, sendo:
- PEI 1: Indicado para áreas de baixo tráfego, como banheiros ou dormitórios.
- PEI 2: Para áreas de tráfego leve, como cozinhas ou salas de estar.
- PEI 3: Para áreas de tráfego moderado, como corredores e escritórios.
- PEI 4: Para áreas de tráfego intenso, como halls de entrada e lojas.
- PEI 5: Para áreas de tráfego muito intenso, como shoppings e áreas comerciais.
4. Resistência ao Escorregamento (R)
A resistência ao escorregamento é uma característica importante para ambientes como banheiros, cozinhas e áreas externas. A classificação é feita de acordo com a aderência da peça à superfície quando está molhada:
- R9: Resistente ao escorregamento, recomendado para áreas internas.
- R10 e R11: Para áreas externas ou com maior umidade, como pisos de garagem, áreas de lazer e banheiros.
- R12: Ideal para áreas com forte risco de escorregamento, como rampas e pisos externos expostos à chuva.
5. Outras Classificações Comuns
- TAR 1: Camada superficial do revestimento, também conhecida como esmalte. Essa camada confere ao material sua aparência e resistência ao desgaste.
- TAR 2: A camada intermediária ou base, que pode ser branca (no caso do porcelanato) ou marrom (no caso de cerâmicas), e que garante a estrutura do material.
- TAR 3: A contra-face, que entra em contato com a argamassa e geralmente possui ranhuras ou texturas para melhorar a aderência ao contrapiso.
6. Escala de Dureza (MOHS)
A escala de Mohs é usada para medir a dureza do material, de 1 a 10, onde o número maior indica maior resistência ao risco e ao desgaste. Por exemplo, o porcelanato pode ter dureza 6 ou 7, o que é superior a muitas cerâmicas.
Agora que você conhece as principais siglas e classificações de porcelanatos e cerâmicas, pode fazer escolhas mais assertivas e garantir uma instalação de qualidade. Essas classificações ajudam a entender melhor as propriedades de cada material, suas aplicações e a durabilidade dos revestimentos em diferentes condições. Se você é um instalador azulejista, ter esse conhecimento é crucial para otimizar seu trabalho e oferecer o melhor serviço aos seus clientes.
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